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Campinas, São Paulo, Brazil
Psicólogo Clínico Junguiano com formação pela Unicamp, terapia corporal Reichiana, Hipnoterapeuta com formação em Hipnose Ericksoniana com Stephen Gilligan.E outras formações com Ericksonianos: Ernest Rossi, Teresa Robles, Betty Alice Erickson. Formação em Constelação Familiar Sistémica pelo Instituto de Filosofia Prática da Alemanha. Uma rica e inovadora terapia divulgada em toda Europa. Professor de Hipnoterapia, além de ministrar cursos de Auto-conhecimento como Eneagrama da Personalidade e Workshop de Constelação Familiar Sistémica em todo o Brasil. Clínica em Campinas-SP. Rua Pilar do Sul, 173 Chácara da Barra. Campinas-SP F.(19) 997153536

Uma relação de ajuda

Como é bela, intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
A psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Bem no cerne de toda psicoterapia permanece esse tipo de relacionamento em que alguém pode falar tudo a seu próprio respeito, como uma criança fala tudo "a sua mãe.
Ninguém pode se desenvolver livremente nesse mundo, sem encontrar uma vida plena, pelo menos...
Aquele que se quiser perceber com clareza deve se abrir a um confidente, escolhido livremente e merecedor de tal confiança.
Ouça todas a conversas desse mundo, tanto entre nações quanto entre casais. São, na maior parte, diálogos entre surdos.
Paul Tournier.

domingo, 11 de março de 2012

Estrutura Oral

Cria-se o caráter oral quando o desenvolvimento normal é interrompido na fase oral do crescimento. A causa disso é o abandono. Na infância, a pessoa perdeu a mãe, pela morte, pela doença ou pelo afastamento. A mãe deu-se para filho, mas não se deu o suficiente. Muitas vezes ela fingiu dar-se – ou deu-se a despeito de si mesma. A criança compensou essa perda tornando-se independente demasiado cedo, muitas vezes falando e andando muito precocemente. Destarte, sente-se confusa no que respeita à receptividade e receia pedir o que realmente necessita porque, bem no fundo de si mesma, tem a certeza de não lhe será dado. Seus sentimentos em relação à necessidade de que alguém tome conta dela redundam em dependência, tendência para apegar-se, agarramento e redução da agressividade. Ela compensa tudo isso com um comportamento independente, que desmorona debaixo de pressão. Sua receptividade converte-se, então em passividade rancorosa, e a agressão se transforma em cobiça.
A pessoa com estrutura oral, basicamente destituída, sente-se vazia e oca e não quer assumir responsabilidade. O corpo, pouco desenvolvido, ostenta músculos longos, finos, flácidos e cai de fraqueza. A pessoa não parece adulta e amadurecida, tem o peito frio e deprimido, a respiração pouco profunda, e seus olhos sugam a energia de quem estiver perto dela. Psicodinamicamente, sua personalidade se agarra e aferra a outros, com medo de ser abandonada. Incapaz de ficar sozinha experimenta uma necessidade exagerada de calor e apoio alheios. Tenta consegui-lo de fora, a fim de compensar a tremenda sensação de vazio interior. Abafa seus sentimentos intensos de anseio e agressão. A fúria causada pelo abandono é contida. Utiliza a sexualidade para obter intimidade e contato.
A pessoa oral experimentou muitas decepções na vida, muitas rejeições nas tentativas de agarrar alguma coisa. Por essa maneira, torna-se amarga e acha que nada do que consegue é suficiente. Não pode ser fatisfeita porque tenta satisfazer um anseio interior, que ela mesma nega ao tentar compensa-lo com outra coisa qualquer.
No nível da personalidade, exige que a alimentem e satisfaçam. Na interação com os outros, falará por meio de perguntas indiretas, que evocarão proteção da outra pessoa. Mas isso não a satisfaz, porque ela é adulta e não criança.
Ao iniciar a terapia, queixar-se-á de passividade e fadiga. No trabalho terapêutico, o problema consistirá em encontrar alimentação em sua vida. Mas para satisfazer às suas necessidades, acredita que precisará arriscar o abandono de outra pessoa ou simulação do abandono. Desse modo, sua intenção negativa será: “farei que você me dê isso” ou “não precisarei disso”. O que por seu turno, gerará o dilema; “Se eu pedir, não será amor; se eu não pedir, não conseguirei”. Para resolver o problema, ela terá de descobrir e confessar suas necessidades e aprender a viver a vida de maneira que suas necessidades sejam satisfeitas. Ela precisa aprender a manter-se de pé.

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