À primeira estrutura de caráter dá-se o nome de estrutura esquizóide.
Nesse caso, a primeira experiência traumática registrou-se antes do
nascimento ou por ocasião dele, ou ainda nos primeiros dias de vida. O
trauma costuma centrar-se ao redor de alguma hostilidade recebida
diretamente de um pai, como a raiva de um dos pais, o pai que não deseja
o filho, ou ainda o trauma durante o processo de nascimento – como a
mãe que se desliga emocionalmente do filho, fazendo-o sentir-se
abandonado. A série de eventos dessa natureza é grande; um ligeiro
desligamento entre mãe e filho pode ser muito traumático para o filho, e
pode não surtir efeito nenhum sobre outro. Isso se relaciona com a
natureza da alma que chega e com a tarefa que ela escolheu para si nesta
vida.
A defesa energética natural empregada contra o trauma nesta vida consiste simplesmente em retroceder para o mundo do espírito, do qual a alma esta chegando. A defesa é desenvolvida e usada por este tipo de estrutura de caráter, até se tornar muito fácil, recuando a pessoa simplesmente para algum lugar distante, dentro do mundo do espírito. Essa defesa torna-se habitual, e a pessoa a utiliza em qualquer situação em que se sinta ameaçada. Para compensar a defesa representada pela fuga, ela procura manter-se coesa no nível da personalidade. Sua falha básica é o medo – medo de não ter o direito de existir. Na interação com outros, sejam esses outros o terapeuta ou amigos, ela falará numa linguagem despersonalizada, em termos absolutos, e tenderá a intelectualizar-se, o que só corrobora a experiência de estar separada da vida e a de não existir verdadeiramente.
Pessoas com caracteres esquizóides deixam seus corpos com facilidade e fazem-no até regularmente. No nível do corpo, o resultado é um corpo que parece uma combinação de peças, não firmemente unidas nem integradas. Altas e magras de ordinário, essas pessoas em alguns casos, têm corpos pesados. A tensão do corpo tende a fazer sentir-se em anéis ao redor do corpo. As juntas geralmente são fracas e o corpo descoordenado, com mãos e pés frios. A pessoa, usualmente hiperativa, é destituída de base. A obstrução maior de energia dá-se no pescoço, perto da base do crânio, muitas vezes se nota uma torcedura na espinha, causada por uma torcedura habitual que a afasta da realidade material na medida em que a pessoa voa para fora do corpo. O corpo tem pulsos, tornozelos e panturrilhas fracos e magros e, por via de regra, não está ligado ao chão. Um dos ombros pode ser maior do que o outro. A cabeça, muitas vezes, mantém-se inclinada de um lado, com uma expressão vaga no olhar, como se a pessoa estivesse, parcialmente, em outro lugar. Como bebê, o caráter esquizóide sentiu a hostilidade direta pelo menos de um dos pais, dos quais dependia a sua sobrevivência. Essa experiência deu inicio ao seu terror existencial, o terror do aniquilamento.
O caráter esquizóide encontra liberação do terror do aniquilamento quando, adulto, compreende que esse terror está agora mais relacionado com sua fúria interior do que com qualquer coisa. A fúria provém do fato de que ele continua a experimentar o mundo como um lugar muito frio, hostil, em que o isolamento é imposto a quem deseja sobreviver.
Debaixo dessa fúria está a grande dor de saber que a pessoa de uma ligação afetuasa e nutritiva com outros humanos; em muitos casos, porém, ela não foi capaz de criá-la em sua vida.
O que a aterroriza é que sua própria fúria a faça explodir em pedaços, que se espalharão pelo universo. O segredo para ela é enfrentar a fúria aos pouquinhos, sem precisar voar para longe a fim de defender-se. Se puder permanecer firme e deixar que o terror e a fúria se vão, libertará a dor interior e o anseio por ligar-se a outros e preparar um lugar para ingresso do amor a si mesma, que demanda prática. Todos nós precisamos dele, seja qual for a combinação de estruturas de caráter que sejamos. O amor a nós mesmos provém do fato de vivermos de maneira que não nos traiam. Vem do vivermos de acordo com a nossa verdade interior, seja ela qual for. Vem do não nos trairmos.
A defesa energética natural empregada contra o trauma nesta vida consiste simplesmente em retroceder para o mundo do espírito, do qual a alma esta chegando. A defesa é desenvolvida e usada por este tipo de estrutura de caráter, até se tornar muito fácil, recuando a pessoa simplesmente para algum lugar distante, dentro do mundo do espírito. Essa defesa torna-se habitual, e a pessoa a utiliza em qualquer situação em que se sinta ameaçada. Para compensar a defesa representada pela fuga, ela procura manter-se coesa no nível da personalidade. Sua falha básica é o medo – medo de não ter o direito de existir. Na interação com outros, sejam esses outros o terapeuta ou amigos, ela falará numa linguagem despersonalizada, em termos absolutos, e tenderá a intelectualizar-se, o que só corrobora a experiência de estar separada da vida e a de não existir verdadeiramente.
Pessoas com caracteres esquizóides deixam seus corpos com facilidade e fazem-no até regularmente. No nível do corpo, o resultado é um corpo que parece uma combinação de peças, não firmemente unidas nem integradas. Altas e magras de ordinário, essas pessoas em alguns casos, têm corpos pesados. A tensão do corpo tende a fazer sentir-se em anéis ao redor do corpo. As juntas geralmente são fracas e o corpo descoordenado, com mãos e pés frios. A pessoa, usualmente hiperativa, é destituída de base. A obstrução maior de energia dá-se no pescoço, perto da base do crânio, muitas vezes se nota uma torcedura na espinha, causada por uma torcedura habitual que a afasta da realidade material na medida em que a pessoa voa para fora do corpo. O corpo tem pulsos, tornozelos e panturrilhas fracos e magros e, por via de regra, não está ligado ao chão. Um dos ombros pode ser maior do que o outro. A cabeça, muitas vezes, mantém-se inclinada de um lado, com uma expressão vaga no olhar, como se a pessoa estivesse, parcialmente, em outro lugar. Como bebê, o caráter esquizóide sentiu a hostilidade direta pelo menos de um dos pais, dos quais dependia a sua sobrevivência. Essa experiência deu inicio ao seu terror existencial, o terror do aniquilamento.
O caráter esquizóide encontra liberação do terror do aniquilamento quando, adulto, compreende que esse terror está agora mais relacionado com sua fúria interior do que com qualquer coisa. A fúria provém do fato de que ele continua a experimentar o mundo como um lugar muito frio, hostil, em que o isolamento é imposto a quem deseja sobreviver.
Debaixo dessa fúria está a grande dor de saber que a pessoa de uma ligação afetuasa e nutritiva com outros humanos; em muitos casos, porém, ela não foi capaz de criá-la em sua vida.
O que a aterroriza é que sua própria fúria a faça explodir em pedaços, que se espalharão pelo universo. O segredo para ela é enfrentar a fúria aos pouquinhos, sem precisar voar para longe a fim de defender-se. Se puder permanecer firme e deixar que o terror e a fúria se vão, libertará a dor interior e o anseio por ligar-se a outros e preparar um lugar para ingresso do amor a si mesma, que demanda prática. Todos nós precisamos dele, seja qual for a combinação de estruturas de caráter que sejamos. O amor a nós mesmos provém do fato de vivermos de maneira que não nos traiam. Vem do vivermos de acordo com a nossa verdade interior, seja ela qual for. Vem do não nos trairmos.
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