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Campinas, São Paulo, Brazil
Psicólogo Clínico Junguiano com formação pela Unicamp, terapia corporal Reichiana, Hipnoterapeuta com formação em Hipnose Ericksoniana com Stephen Gilligan.E outras formações com Ericksonianos: Ernest Rossi, Teresa Robles, Betty Alice Erickson. Formação em Constelação Familiar Sistémica pelo Instituto de Filosofia Prática da Alemanha. Uma rica e inovadora terapia divulgada em toda Europa. Professor de Hipnoterapia, além de ministrar cursos de Auto-conhecimento como Eneagrama da Personalidade e Workshop de Constelação Familiar Sistémica em todo o Brasil. Clínica em Campinas-SP. Rua Pilar do Sul, 173 Chácara da Barra. Campinas-SP F.(19) 997153536

Uma relação de ajuda

Como é bela, intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
A psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Bem no cerne de toda psicoterapia permanece esse tipo de relacionamento em que alguém pode falar tudo a seu próprio respeito, como uma criança fala tudo "a sua mãe.
Ninguém pode se desenvolver livremente nesse mundo, sem encontrar uma vida plena, pelo menos...
Aquele que se quiser perceber com clareza deve se abrir a um confidente, escolhido livremente e merecedor de tal confiança.
Ouça todas a conversas desse mundo, tanto entre nações quanto entre casais. São, na maior parte, diálogos entre surdos.
Paul Tournier.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Doença como oportunidade

Os sintomas sempre podem ser considerados sob um duplo aspecto.

Em primeiro lugar, eles se comportam honestamente e nos mostram aquilo que até então não quisemos perceber. Uma paralisia pode, por exemplo, dar a entender ao afetado o quanto ele é (se tornou) aleijado e imóvel no âmbito anímico-espiritual.

Em segundo lugar, cada sintoma tem um sentido e revela uma tarefa. A paralisia poderia talvez deixar entrever que vale a pena afrouxar os controles conscientes e entregar-se ao descanso. O axioma "a doença torna a pessoa honesta" mostra o plano do padrão ainda não resgatado, enquanto através de “a doença mostra a tarefa" torna-se claro aquele padrão que já o foi.

De acordo com o primeiro ponto de vista, manifesta-se um padrão de sofrimento e uma evolução da doença que não estão presentes na consciência. A aceitação desse padrão e sua mensagem podem levar ao segundo plano e transformar a experiência dolorosa em um ritual que torne possível o crescimento.

Alguém desinteressado, observando de fora, não pode jamais afirmar em que plano e em que fase os afetados já estão. Uma exuberância corporal aparente é freqüentemente a compensação para uma falta de realização interna, segundo o moto: “assim dentro como fora". Mas “assim dentro como fora" ela poderia também refletir a realização interna. Ainda que este último caso seja mais raro, nem por isso deixa de ser possível. 

Quando pensamos no Buda, inclinamo-nos a supor que a abundância externa, as almofadas de gordura sobre as quais ele repousa, são expressão de sua realização interna. E veja bem, o Budismo parte do princípio de que todo ser humano traz em si a natureza do Buda. Isso como nova advertência para que um maravilhoso mecanismo de autoconhecimento não degenere em meio de distribuição de culpas através da valoração, da emissão de juízos de valor.
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Fonte. A doença como linguagem da alma.
           Rudiger Dhalke 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

20 Maneiras de detectar um psicopata.

Há uma frase que diz: “Não são todos os que estão, nem estão todos os que são”. Quer dizer que, nem todos os que estão em um hospital psiquiátrico são loucos e nem todos os loucos estão em um hospital psiquiátrico. Há psicopatas em todas as partes: dirigindo um transporte público, administrando uma empresa ou governando um país. Onde menos se espera pode haver alguém com uma psicopatia: um transtorno de personalidade antissocial . Claro que isso não significa necessariamente que essas pessoas sejam más, apenas não sentem empatia pelos outros nem remorso pelos seus atos. Eles vivem pelas suas próprias regras e só sentem culpa quando rompem com o seu código de conduta.
Para os psicopatas as pessoas são coisas, objetos que servem para satisfazer seus interesses. Se na sua programação não estiver machucar o outro, não o farão. E poderão viver em comunidade porque entendem os códigos sociais. Eles se adaptam. O terrível acontece quando eles não conseguem evitar de fazer o mal. Mas a maioria não comete crimes, ainda que não tenham vergonha de mentir, manipular ou machucar para conseguir o que têm em mente.
Quando cometem crimes, de um ponto de vista penal, como estão conscientes dos seus atos, são responsáveis. Mas, ao contrário de um réu normal, não existe a possibilidade de correção de sua conduta, assim a reabilitação é baseada em uma forma de vida que possa lhes trazer benefícios e evitar outros danos.
20 MANEIRAS DE DETECTAR UM PSICOPATA
Faceta interpessoal:
1. Eles têm uma boa oratória e charme. São simpáticos e conquistadores num primeiro momento.
2. Têm uma autoestima exagerada. Se acham melhores que os outros.
3. São mentirosos patológicos. Mentem principalmente para conseguir benefícios ou justificar suas condutas.
4. Têm comportamento manipulador. E, se forem inteligentes o bastante, os outros não perceberão esse comportamento psicopata.
Faceta afetiva:
5. Não sentem remorso ou culpa. Nunca ficam em dúvida.
6. Quanto à afetividade, são frios e calculistas. Não aceitam as emoções, mas conseguem simular sentimentos se for necessário.
7. Não sentem empatia. São indiferentes. E até podem manifestar crueldade.
8. Têm uma incapacidade patológica para assumir responsabilidade pelos seus atos. Não aceitam os seus erros. Eles raramente procuram ajuda psicológica, porque acham que o problema é sempre dos outros.
Faceta estilo de vida:
9. Necessitam de estímulo constante. Ficam aborrecidos facilmente.
10. Gostam de um estilo de vida parasitário.
11. Agem descontroladamente.
12. Não têm metas a longo prazo. Vivem como nômades, sem direção.
13. Eles se comportam impulsivamente. Com ações recorrentes que não são premeditadas. Junto com a falta de compreensão das consequências de suas ações.
14. São irresponsáveis.
Faceta antissocial:
15. Tendem a ser deliquentes na juventude.
16. Demonstram problemas de conduta desde a infância.
17. Tiveram a revogação de sua liberdade condicional.
18. Eles têm versatilidade para a ação criminal. Eles preferem golpes e delitos que requerem a manipulação de outros.
Outros não incluídos em nenhuma das facetas:
19. Têm tendência a uma vida sexual promíscua, com vários relacionamentos breves e ao mesmo tempo. Gostam de falar sobre suas conquistas e proezas sexuais.
20. Acumulam muitos casamentos de curta duração. Não se comprometem por muito tempo por ter que manter um vínculo.
Estes items formam o método popular chamado de PCL (Psychopathy Checklist) desenvolvido por Robert Hare, PhD em Psicologia e professor da Universidade de British Columbia no Canadá. Cada atributo recebe uma pontuação de zero a dois, e para o diagnóstico correto se adiciona uma entrevista semiestruturada e a análise do histórico do paciente. Segundo Hare, um por cento da população é psicopata.
Pode acontecer mesmo em uma idade precoce. Segundo o psiquiatra forense John MacDonald há uma tríade que poderia indicar uma futura personalidade psicopática: crueldade com animais, piromania e a incontinência urinária persistente depois dos quatro ou cinco anos de idade.
Na sociedade já ficou instituído, graças a Hollywood, a ideia de que todos os psicopatas são como Hannibal Lecter ou Dexter, encantadores, com certeza. Mas é claro que não é preciso esquartejar alguém para ser louco. Assim, é melhor estar ciente das pessoas ao seu redor. Que não esteja sendo vítima de uma manipulação enlouquecida e ainda não ter se dado conta.

 Por Pablo Huerta.

A Psicopatia transtorno Antissocial da Personalidade.

O que leva um indivíduo a cometer um crime, sem sentir medo ou compaixão?
De acordo com Robert Hare, autoridade mundial em psicologia criminal e professor da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), a única característica inconfundível de um psicopata é, exatamente, “a falta de emoções, da capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa para, pelo menos, imaginar seu sofrimento”. Hare também acrescenta que um psicopata procura entrar na mente das pessoas até tentar imaginar o que elas pensam, mas nunca conseguirá chegar a entender como elas se sentem. Demonstrou-se, inclusive, que um psicopata pode chegar a se relacionar social ou intelectualmente, mas sempre vendo as pessoas como objetos, isto é, retiram do outro seus atributos de pessoa para considerá-lo como coisa.
A psicopatia é uma anomalia psíquica, um transtorno antissocial da personalidade, devido à qual, apesar da integridade das funções psíquicas e mentais, a conduta social do indivíduo que sofre dessa anomalia se encontra patologicamente alterada.
As causas que se encontraram do porquê da conduta psicopática indicam que, por serem indivíduos relativamente insensíveis à dor física, quase nunca adquirem medos condicionados, tais como o medo da desaprovação social ou da humilhação, medo de que restrinjam suas más ações, medos esses que dariam a esses indivíduos um senso do bem e do mal.
As características de conduta do psicopata poderiam ser determinadas tanto por fatores fisiológicos como por fatores sócio-psicológicos. A conduta psicopática poderia ser causada por traumas infantis que geram conflitos, devido aos quais a “Criança” não pode se identificar com o progenitor do mesmo sexo nem se apropriar de suas normas morais. Os psicólogos comportamentais acreditam que a conduta psicopática resulta do aprendizado.
O psiquiatra norte-americano Hervey M. Cleckley,  pioneiro na pesquisa sobre psicopatia, identificou há algum tempo, em 1941, em seu reconhecido livro The Mask of Sanity (A Máscara da Sanidade), quatro subtipos diferentes de psicopatas:
Os PSICOPATAS PRIMÁRIOS não respondem ao castigo, à apreensão, à tensão e nem à desaprovação. Parecem ser capazes de inibir seus impulsos antissociais quase todo o tempo, não devido à consciência, mas sim porque isso atende ao seu propósito naquele momento. As palavras parecem não ter o mesmo significado para eles que têm para nós. Não têm nenhum projeto de vida e parecem ser incapazes de experimentar qualquer tipo de emoção genuína.
Os PSICOPATAS SECUNDÁRIOS são arriscados, mas são indivíduos mais propensos a reagir frente a situações de estresse, são beligerantes e propensos ao sentimento de culpa. Os psicopatas desse tipo se expõem a situações mais estressantes do que uma pessoa comum, mas são tão vulneráveis ao estresse como a pessoa comum. São pessoas ousadas, aventureiras e pouco convencionais, que começaram a estabelecer suas próprias regras do jogo desde cedo. São fortemente conduzidos por um desejo de escapar ou de evitar a dor, mas também são incapazes de resistir à tentação. Tanto os psicopatas primários como os secundários estão subdivididos em:
PSICOPATAS DESCONTROLADOS: são os que parecem se aborrecer ou enlouquecer mais facilmente e com mais frequência do que outros subtipos.   Seu delírio se assemelhará a um ataque de epilepsia. Em geral também são homens com impulsos sexuais incrivelmente fortes, capazes de façanhas assombrosas com sua energia sexual. Também parecem estar caracterizados por desejos muito fortes, como o vício em drogas, a cleptomania, a pedofilia ou qualquer tipo de indulgência ilícita ou ilegal.
PSICOPATAS CARISMÁTICOS: são mentirosos, encantadores e atraentes. Em geral são dotados de um ou outro talento e o utilizam a seu favor para manipular os outros. São geralmente compradores e possuem uma capacidade quase demoníaca de persuadir os outros a abandonarem tudo o que possuem, inclusive suas vidas. Com frequência, esse subtipo chega a acreditar em suas próprias invenções. São irresistíveis.
O psicólogo criminal Robert Hare diz que os psicopatas “não sentem nenhuma angústia pessoal e não tem nenhum problema; o problema quem tem são os outros. Sua capacidade para castigar suas vítimas se baseia em um comportamento anormal do cérebro, que reage de forma completamente diferente do que o de uma pessoa sã”.
Anos atrás o doutor Hare com base na revisão de registros penitenciários e de entrevistas realizadas com criminosos, concluiu que esse tipo de personalidade pode ser avaliado por meio de uma lista de 20 características ou sintomas:
1 Loquacidade / Encanto superficial.
2 Egocentrismo / Sensação grandiosa de autoestima.
3 Necessidade de estimulação / Tendência ao tédio.
4 Mentira patológica.
5 Direção / Manipulação.
6 Falta de remorso e de sentimento de culpa.
7 Afetos pouco profundos.
8 Insensibilidade / Falta de empatia.
9 Estilo de vida parasita.
10 Falta de controle comportamental.
11 Conduta sexual promiscua.
12 Problemas precoces de comportamento.
13 Falta de metas realistas no longo prazo.
14 Impulsividade.
15 Irresponsabilidade.
16 Incapacidade de aceitar a responsabilidade pelas próprias ações.
17 Várias relações maritais breves.
18 Delinquência juvenil.
19 Revogação da liberdade condicional.
20 Versatilidade criminal.
Por sua vez, de acordo com um estudo recente realizado pelo professor da Universidade de Cornell, Jeff Hancock e seus colegas, os psicopatas tendem a escolher palavras bastante concretas quando falam de seus crimes. O relatório foi publicado na revista Legal and Criminological Psychology (Psicologia Legal e Criminal), e revelou que 14 homens usavam mais palavras como “porque” ou “portanto”, o que indica que possuem um objetivo claro quando cometem seus crimes. E usam duas vezes mais termos relacionados a necessidades físicas como alimentos, sexo e dinheiro. Em seu discurso incluem apenas palavras que façam referências à família, à religião e a outras necessidades sociais. Também costumam usar mais o tempo passado e falar de forma menos fluida, empregando mais “ums” e uhs” do que o resto da população.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Augustine

AugustinePor um dessas particularidades do esforço humano de compreensão, Charcot acabou entrando na história das ideias a reboque de Freud. Compreende-se. Sigmund Freud, pai da psicanálise, acabou se tornando muito mais influente do que este médico francês com o qual foi estudar, ainda muito jovem, em Paris.


No entanto, Charcot tem uma posição inabalável na história da psiquiatria, em particular, no estudo dos distúrbios então chamados de histéricos. Ele as atendia no hospital parisiense La Salpêtrière, onde Freud estagiou no final do século 19. Foi lá, em contato com essas doentes, que os primeiros estalos a respeito do inconsciente e da cura psicanalítica vieram à mente de Freud.

Em Augustine, o papel principal é atribuído a uma histérica, vivida por Stéphanie Sokolinski. Vincent Lindon é Charcot e Chiara Mastroianni interpreta sua esposa, Constance. O ano é 1885 e Augustine, jovem provinciana que trabalha numa casa de família, luta para controlar seus ataques, que surgem sem que haja explicação aparente. É levada para tratamento com Charcot, que, dizem, traz métodos revolucionários para o tratamento desses males misteriosos. Entre outras novidades, faz uso da hipnose para aliviar os sintomas das doentes. Sim, “as” doentes, porque todas as acometidas por esses males de origem desconhecida são mulheres. Hysteron quer dizer útero.

O filme dirigido por Alice Wincour é então a história de uma cura? Nem tanto. Poderia ser melhor descrito como a história de uma tentativa de compreensão daquilo que não se conhece. Isso, por parte de Charcot. E, de uma “doença” misteriosa, causada, provavelmente, pela repressão muito forte da sexualidade.

Pois é isso que Charcot logo descobre, meio sem querer – os sintomas exibidos, a teatralização dessas queixas pelas histéricas encobre um significado sexual próximo do explícito. É o que Charcot vê, mas também não consegue enxergar porque é homem limitado por seu tempo e seu horizonte cultural como parte do corpo médico. De certo modo, o que ele não vê é o que será enxergado por seu discípulo mais famoso e que, exatamente por isso, dará um passo mais largo no conhecimento da mente humana.

Alice Wincour dirige esse drama do sofrimento psíquico com sobriedade. Às vezes até com certo peso, mas é essa atmosfera mesmo que associamos à sociedade burguesa e repressiva da Europa do século 19, época justamente em que a histeria faz sua aparição um tanto de través no mundo médico. Se para a medicina tradicional da época elas eram apenas fingidoras, para uma mente mais aguda, como a de Charcot, eram apenas doentes. 
E que, com sua doença, poderiam ensinar algo sobre a natureza humana. Inclusive que o desejo pode se manifestar sob a forma de dor e sofrimento, o que apenas em aparência seria uma contradição.

Fonte. Luiz Zanin

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Auto-conceito

O auto-conceito é o conhecimento de si mesmo que o construtivismo estrutura em sua inteligência e expressa, aqui e agora, como atitude positiva ou negativa diante de sua auto-imagem, sendo um ato de inteligência, iminentemente Cognitivo.
O auto-conceito vem sendo estruturado desde a infância, pela quantidade e qualidade das interações em que cada um de nos tem com o meio, estruturando e reestruturando continuamente, um conhecimento de mim mesmo, uma concepção, um conceito de mim mesmo, um auto (de mim mesmo), conhecimento (conceito), no presente e, eventualmente, em relação ao futuro.
Um posicionamento que informa uma atitude, estabelecendo uma postura, aqui e agora; e dura o tempo de um juízo sobre mim mesmo: “eu sou um fracasso”, o que penso; a idéia que faço; como me percebo, me vejo; o que acho de mim; tomada de consciência; um posicionamento; uma atitude (valorização); uma postura; uma concepção; um conceito.
Podemos entender o auto-conceito, como a expressão do conhecimento que o indivíduo elabora de si mesmo, qualquer que seja a validade, a procedência e a amplitude de abrangência deste conhecimento: real, verdadeiro, parcial, fragmentário. Na construção do auto-Conceito, o sujeito busca uma avaliação de si mesmo, um juízo de valor ou uma desvalorização, implicando um posicionamento, uma postura, uma atitude diante de si mesmo, de acordo que com a construção de sua Auto-Imagem; assim sendo, o ato de conhecer-a-mim-mesmo é uma cognição construída diante de meu retrato, de minha Auto-Imagem.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Teoria das motivações

Segundo Maslow a pirâmide sugere que todo ser humano possui necessidade internas a serem atendidas, de um nível mais simples até um mais complexo. As necessidades fisiológicas dizem respeito a questões como alimentação, moradia, vestuário, dentro outras. Quando as necessidades fisiológicas estão razoavelmente satisfeitas, aparece uma nova categoria: necessidades de segurança. Como exemplo desse tipo de necessidades, encontramos proteção, preferência por um trabalho estável, reservas financeiras para o futuro, algum tipo de religião ou filosofia que fortaleçam a fé e a crença.
Quando os dois primeiros tipos de necessidades estão satisfeitos, aparecem as de amor e afeto. A pessoa sentirá necessidade de amigos, relacionamentos afetivos, parentes e integração nos grupos a que pertence.
Satisfeitas pelo menos parcialmente as necessidades de amor, a pessoa sente também a necessidade de fortalecer a sua auto-estima e de receber a estima dos outros. Essas necessidades têm os seguintes significados:
  • Auto-Estima: desejo de força, realização, suficiência, domínio, competência, confiança, independência e liberdade.
  • Estima dos outros: desejo de reputação e prestígio, dominação, reconhecimento, atenção, importância ou apreço dos demais. A satisfação das necessidades de estima leva ao desenvolvimento de sentimento de autoconfiança, capacidade de ser útil e ser necessário para os outros.
Por outro lado, sua frustração produzirá sentimentos de impotência e inferioridade podendo levar a pessoa a apresentar, inclusive, manifestações neuróticas.
Por fim, quando todas as demais necessidades estão satisfeitas, surge uma mais elevada, a de auto-realização. Isso implica querer realizar suas potencialidades, com um sentido de plenitude do ser, com desejos de autodesenvolvimento e autoconhecimento.
Ainda de acordo com o autor citado, acreditava que as pessoas só passavam de um degrau ao outro na escala de necessidade se o anterior estivesse satisfeito. No entanto, estudos mais modernos mostram que isso não é rígido assim, podendo variar de pessoa para pessoa.
Herzbeg avançou nos estudos de Maslow e se voltou aos aspectos mais ligados ao trabalho. Este autor considera as necessidades fisiológicas e de segurança como fatores higiênicos (se não satisfeitos, geram insatisfação, ao passo que, se satisfeitos, não geram satisfação). Nesse sentido, salários, benefícios e condições físicas de trabalho inadequado podem causar insatisfação e, se adequados, podem não motivar as pessoas.
Várias situações podem exemplificar o que foi dito, pois quando observamos o nosso Congresso Nacional, fica claro que, se salário fosse fator motivacional, teríamos sempre a casa lotada em todas as plenárias. E como explicar o envolvimento de pessoas que, sem receber salário algum, se comprometem de corpo e alma com causas sociais, instituições filantrópicas e outros movimentos?
Ainda segundo Herzberg, as necessidades afetivo-sociais, de estima e de auto-realização compõem o que ele chamou de fatores motivacionais. São estes que produzem efeitos duradouros nas pessoas, e englobam sentimentos profundos de satisfação, realização, crescimento e reconhecimento. É na atender essas necessidades que observamos surgir o fenômeno da motivação como uma força interna, uma energia interior própria e exclusiva do ser humano.
Podemos dizer que a motivação existe em função do nosso desejo interno de objetivos do mundo exterior. Desejando o conforto ou o prazer que um bem nos proporciona (por exemplo, carro novo, uma roupa nova etc), desejamos a estima e a aceitação das pessoas, desejamos nos desenvolver, e os nossos desejos são infindáveis. Isso nos coloca numa busca constante: a satisfação de uma necessidade não nos paralisa, ao contrário, desencadeia dentro de nós outra necessidade a ser suprida, e lá vamos nós atrás dela.
O estado de carência ou o desejo provoca em nós uma conduta de buscar sua satisfação. Ao se dar o encontro da necessidade com o seu correspondente fator motivacional, Herzberg considera que tenha ocorrido o “ato motivacional” rumo a um objetivo e, por conseguinte, a satisfação obtida pela saciação da necessidade.
A motivação é uma força interior (energia) que nos move a uma ação (motivos para ação), com a finalidade de alcançar um objetivo e realizar nossos desejos internos; é um conjunto de MOTIVOS que leva um ser humano a empreender uma determinada AÇÃO. MOTIVAÇÃO = MOTIVO à AÇÃO.
Segundo Good e Mcdowell, a motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa, e que pode estar ligada a um desejo. Uma pessoa não consegue jamais motivar alguém; o que ela pode fazer é estimulara outra pessoa.
E os autores finalizam dizendo que, a ação de uma pessoa está diretamente ligada à força de um desejo, isto propõe que as pessoas façam as coisas como e quando querem, e que a motivação possui uma liberdade e autonomia. Entende-se assim que a motivação seja um impulso que venha de dentro, e que tem, portanto suas fontes de energia no interior de cada pessoa.
Alderfer propõe uma hierarquia modificada de necessidades que apresenta somente três níveis. Inicialmente as pessoas têm interesse de satisfazer suas necessidades de existência, como fisiológicos e de segurança, tais como salário, condições físicas no ambiente de trabalho, segurança no cargo e plano de benefícios. Vindo a seguir a necessidade de relacionamento, isto é, envolver-se compreendido e aceito por pessoas no trabalho, e fora dele.
Por último aparece a necessidade de crescimento, envolvendo tanto de desejo de auto-estima como de auto-realização. O autor aceita a possibilidade de que os três níveis estejam ativos a todo o momento, e o seu modelo (E-R-G) não assume com rigor no progresso de nível para nível, e quando ocorre insatisfação do nível acima, pode retornar a concentrar no nível mais baixo.
A auto-motivação é conseqüente de um processo de auto-conhecimento, onde aumentamos a percepção do mundo exterior, estabelecendo metas e objetivos de nossa vida. O nível de motivação será sentido pelos nossos atos, nossas ações, que tocam o mais íntimo de nosso ser, que recebemos dos estímulos externos, e que serão interpretadas por nossas referências internalizadas.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Como motivar as pessoas

Como sabemos a motivação é um processo interno no ser humano, sendo que cada pessoa possui uma maneira própria de sentir, de perceber as coisas, pois vem de um processo interacional com o mundo que o cerca, de seu auto-conhecimento. Portanto a sua auto-estima é a percepção de conteúdos que ele adquiriu durante toda sua vida, de sua auto-imagem que veio sendo formada.
O comportamento motivacional dos seres humanos não é uniforme, mesmo que essencialmente as carências sejam as mesmas. As formas como elas se apresentam e a sua importância relativa são diferentes de indivíduo para indivíduo, pois seus comportamentos estão relacionados, como suas carências foram ou não satisfeitos; construindo uma personalidade, ou seja, um comportamento motivacional padrão que difere uma pessoa como única, diferente das demais.
Quando o ser humano sofre uma pressão externa para exercer determinadas tarefas, com um aumento de stress, em um ambiente hostil, não ocorre um processo motivacional, pois quando o indivíduo é energizado inadequadamente, o resultado final é a insatisfação, descontentamento, ou mesmo ausência de resultados.
A empresa não pode motivar seus funcionários, já que motivação é uma força interna, uma energia que nos move a uma ação (motivos para ação), com uma finalidade de alcançar um objetivo e realizar nossos desejos internos.
Então como conseguir que os colaboradores se motivem? Sem deixar que eles se desmotivem. O líder eficaz não mais concentra sua energia em motivar as pessoas, mas em reduzir ou eliminar fatores que possam vir a desmotivá-las. Ele tem que ter claro que ações como não cumprimentá-los, chamar a atenção na frente de outros, invadirem espaços previamente definidos, não saber ouvir e ser empático, designar duas pessoas simultaneamente para realizar a mesma tarefa, comparar desempenho de uma pessoa com outra, dentro outras, são ações que desmotivam.
Por outro lado, os incentivos e estímulos aos colaboradores são fundamentais, ativando um processo motivacional. Quando é apresentada às pessoas uma visão clara do futuro da organização como um todo, e todos sabem onde, como e quando a empresa quer chegar mais especificamente do trabalho a ser realizado, dando-lhes ainda a dimensão e a oportunidade de encarar e vencer os desafios.
Reconhecer um trabalho quando é bem realizado, sem paternalismo, demonstrar sentimentos pelas pessoas, promover uma integração das pessoas e proporcionar feed-backs construtivos são elementos poderosos para se atender as necessidades afetivo-sociais. A comunicação é aberta e as relações transparentes, e as pessoas se sentem à vontade para expor idéias, são livres para fazer críticas ou apresentar sugestões, e têm autonomia para pores em prática novas maneiras de fazer o trabalho.
Oferecer oportunidades reais de crescimento profissional para todos os funcionários, investindo no desenvolvimento profissional e pessoal, pois poucas coisas motivam mais as pessoas que perceber que a empresa está apostando nelas. Perceber-se participante integral desse processo como um todo, sendo valorizado e estimulado a crescer, leva ao profundo sentimento de realização, despertando a busca do autoconhecimento e do autodesenvolvimento. A energia interior gerada se exterioriza sob a forma de ações, atitudes que demonstram comprometimento com as metas e resultados a serem conquistados.
O mais rico produto que uma organização possui, são seus recursos humanos, sendo que ela necessita que todas as pessoas possuam um mesmo pensamento, um mesmo determinismo, agindo de forma harmônica para atingir uma meta, sendo competitiva, e de qualidade, onde cada membro da equipe exerça o seu papel corretamente, e incentive e seja incentivado pelos demais.
Nós podemos perceber esse sentimento de equipe, essa união, que conjuntamente harmoniosa e motivadora, onde cada membro da organização se sente útil, trabalhando para atingir o resultado, sem deixar de ser solidário.