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Campinas, São Paulo, Brazil
Psicólogo Clínico Junguiano com formação pela Unicamp, terapia corporal Reichiana, Hipnoterapeuta com formação em Hipnose Ericksoniana com Stephen Gilligan.E outras formações com Ericksonianos: Ernest Rossi, Teresa Robles, Betty Alice Erickson. Formação em Constelação Familiar Sistémica pelo Instituto de Filosofia Prática da Alemanha. Uma rica e inovadora terapia divulgada em toda Europa. Professor de Hipnoterapia, além de ministrar cursos de Auto-conhecimento como Eneagrama da Personalidade e Workshop de Constelação Familiar Sistémica em todo o Brasil. Clínica em Campinas-SP. Rua Pilar do Sul, 173 Chácara da Barra. Campinas-SP F.(19) 997153536

Uma relação de ajuda

Como é bela, intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
A psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Bem no cerne de toda psicoterapia permanece esse tipo de relacionamento em que alguém pode falar tudo a seu próprio respeito, como uma criança fala tudo "a sua mãe.
Ninguém pode se desenvolver livremente nesse mundo, sem encontrar uma vida plena, pelo menos...
Aquele que se quiser perceber com clareza deve se abrir a um confidente, escolhido livremente e merecedor de tal confiança.
Ouça todas a conversas desse mundo, tanto entre nações quanto entre casais. São, na maior parte, diálogos entre surdos.
Paul Tournier.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Estudo sobre psicoterapia

Um dos estudos mais importantes dentro da psicologia foi realizado por Carl Rogers de 1962 a 1967: clientes de terapeutas trabalhando com abordagens teóricas diferentes tiveram seu funcionamento avaliado de acordo com determinados critérios – antes, durante e depois de se submeterem ao processo psicoterápico.

Durante a pesquisa, foram gravadas muitas horas de sessões de cada cliente. Ao final da pesquisa, segundo novas avaliações de seu funcionamento, esses clientes foram divididos em dois grupos: aqueles que tinham melhorado e aqueles que tinham piorado significativamente em relação ao inicio do processo psicoterápico.

Esse foi o primeiro achado importante:

Em muitos casos, a psicoterapia tem efeitos destrutivos sobre os clientes.

Restava saber quais eram os elementos comuns a esse grupo e quais eram os elementos comuns ao grupo de clientes cujos resultados foram considerados positivos.

Surpreedentemente, esses elementos, determinados a partir das gravações das sessões, não estavam ligados a abordagem teórica ou as técnicas usadas pelos terapeutas. Assim é que, no grupo dos que melhoraram, havia clientes provenientes de abordagens diferentes, o mesmo acontecendo no grupo dos que piorou.

Este era, então, um segundo achado:

O crescimento do cliente não é função da abordagem teórica ou das técnicas usadas pelo terapeuta. E o que se encontrou e comum, então, já que não era a linha teórica de trabalho do terapeuta que fazia a diferença?

O que se encontrou foram tão somente algumas características individuais dos terapeutas no seu relacionamento com o cliente, algo que se poderia chamar de posturas ou atitudes terapêuticas, independentemente da denominação teórica que o terapeuta usava.

O crescimento do cliente é função de determinadas atitudes assumidas pelo terapeuta durante o processo psicoterapeutico.

As posturas terapêuticas foram classificadas em seis dimensões básicas. Aquelas atitudes construtivas assumidas pelo terapeuta na sua relação com o cliente. As três primeiras dimensões foram identificadas por Rogers, enquanto as três últimas foram identificadas por Carkhuff.

  1. Empatia: capacidade de se colocar no lugar do outro, de modo a sentir o que se sentiria caso se estivesse em seu lugar.
  2. Aceitação Incondicional ou respeito: capacidade de acolher o outro integralmente, sem que lhe sejam colocadas quaisquer condições e sem julgá-lo pelo que sente, pensa, fala ou faz.
  3. Coerência: capacidade de ser real, de se mostrar ao outro de maneira autentica e genuína, expressando, através de palavras e atos, seus verdadeiros sentimentos.
  4. Confrontação: capacidade de perceber e comunicar ao outras certas discrepâncias ou incoerência em seu comportamento.
  5. Imediaticidade: capacidade de trabalhar a própria relação terapeuta-cliente, abordando os sentimentos imediatos que o cliente experimenta pelo terapeuta e vice-versa.
  6. Concreticidade: capacidade de decodificar a experiência do outro em elementos específicos, objetivos e concretos.

Além de terem sido categorizadas a dimensão, determinou-se também a importância de dois outros aspectos ligados a essas dimensões:

· O grau ou nível em que elas eram apresentadas pelo terapeuta, demonstrando-se que quanto mais alto era esse nível, maior o crescimento por parte do cliente.

· O momento e, que eram introduzidas na relação terapêutica: as três primeiras (empatia, aceitação e coerência) caracterizando uma fase inicial do processo, e as outras três aparecendo em fases mais avançadas.

Essas dimensões, dependendo do nível em que eram apresentadas pelo terapeuta, foram consideradas responsivas ou iniciativas. Responsivas, quando o terapeuta respondia ao cliente no mesmo nível em que esse estava se colocando; iniciativas, quando o terapeuta se tornava mais diretivo, permitindo-se acrescentar sua própria percepção, indo além do conteúdo colocado por ele.

Enfim, é como se as dimensões responsivas estabelecessem a base do relacionamento terapeuta-cliente e se tornassem pré-requisito para fases mais avançadas do processo, quando as dimensões iniciativas desempenham um papel decisivo no crescimento do cliente.

Fonte:

Tornando-se pessoa, C. Rogers.

Terapia centrada no cliente, C. Rogers

Construindo a relação de ajuda, C. Miranda

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