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Campinas, São Paulo, Brazil
Psicólogo Clínico Junguiano com formação pela Unicamp, terapia corporal Reichiana, Hipnoterapeuta com formação em Hipnose Ericksoniana com Stephen Gilligan.E outras formações com Ericksonianos: Ernest Rossi, Teresa Robles, Betty Alice Erickson. Formação em Constelação Familiar Sistémica pelo Instituto de Filosofia Prática da Alemanha. Uma rica e inovadora terapia divulgada em toda Europa. Professor de Hipnoterapia, além de ministrar cursos de Auto-conhecimento como Eneagrama da Personalidade e Workshop de Constelação Familiar Sistémica em todo o Brasil. Clínica em Campinas-SP. Rua Pilar do Sul, 173 Chácara da Barra. Campinas-SP F.(19) 997153536

Uma relação de ajuda

Como é bela, intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
A psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Bem no cerne de toda psicoterapia permanece esse tipo de relacionamento em que alguém pode falar tudo a seu próprio respeito, como uma criança fala tudo "a sua mãe.
Ninguém pode se desenvolver livremente nesse mundo, sem encontrar uma vida plena, pelo menos...
Aquele que se quiser perceber com clareza deve se abrir a um confidente, escolhido livremente e merecedor de tal confiança.
Ouça todas a conversas desse mundo, tanto entre nações quanto entre casais. São, na maior parte, diálogos entre surdos.
Paul Tournier.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Terror noturno, pavor noturno, pesadelo. Campinas

A característica essencial do Terror Noturno é a ocorrência repetida de terror durante o sono, representada por um despertar abrupto, geralmente começando com um grito de pânico. O terror noturno habitualmente inicia durante a primeira terça parte do principal episódio de sono e dura cerca de 1 a 10 minutos. Os episódios são acompanhados por excitação autonômica e manifestações comportamentais de intenso medo.

Durante um episódio, é difícil despertar ou confortar o indivíduo. Se o indivíduo desperta após o terror noturno, nenhum sonho é recordado, ou então existem apenas imagens fragmentadas e isoladas. Ao despertar na manhã seguinte, o indivíduo tem amnésia para o evento.

Os episódios de terror noturno devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. O Transtorno de Terror Noturno não deve ser diagnosticado se os eventos recorrentes forem decorrências dos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral. O terror noturno também é chamado de "pavor noturno”.

Durante um episódio típico, o indivíduo senta-se abruptamente na cama gritando, com uma expressão aterrorizada e sinais autonômicos de intensa ansiedade (por ex., taquicardia, respiração rápida, rubor cutâneo, sudorese, dilatação das pupilas, tônus muscular aumentado).

O indivíduo geralmente não responde aos esforços dos outros para despertá-lo ou confortá-lo. Se despertado, mostra-se confuso e desorientado por vários minutos e relata um vago sentimento de terror, habitualmente sem conteúdo onírico. Embora imagens oníricas vívidas e fragmentadas possam ocorrer, uma seqüência onírica, tipo estória (como nos pesadelos) não é relatado.

Com maior freqüência, o indivíduo não desperta totalmente, mas volta a dormir, tendo amnésia para o episódio ao despertar na manhã seguinte. Alguns indivíduos podem recordar vagamente terem tido um "episódio" na noite anterior, mas não possuem uma recordação detalhada. Em geral, ocorre um episódio por noite, embora ocasionalmente diversos episódios possam ocorrer em intervalos ao longo da noite.
Para que o diagnóstico seja feito, o indivíduo deve experimentar sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.

O embaraço envolvendo os episódios pode prejudicar os relacionamentos sociais. Os indivíduos podem evitar situações nas quais os outros poderiam tomar conhecimento de seu distúrbio, tais como participar de acampamentos, pernoitar em casa de amigos ou dormir com outra pessoa na mesma cama.

Não existem relatos oferecendo claras evidências quanto a diferenças relacionadas à cultura nas manifestações do Transtorno de Terror Noturno, embora seja provável que a importância e as causas atribuídas aos episódios de terror noturno possam diferir entre as culturas.

Crianças mais velhas e adultas oferecem uma recordação mais detalhada de imagens assustadoras associadas com o terror noturno do que as crianças menores, que tendem a ter amnésia completa ou a relatar apenas um vago sentimento de medo. Entre crianças, o Transtorno de Terror Noturno é mais comum no sexo masculino. Entre os adultos, a proporção entre os sexos é uniforme.

Curso
O Transtorno de Terror Noturno em geral começa em crianças de 4 a 12 anos e resolve-se espontaneamente durante a adolescência. Em adultos, ele inicia com mais freqüência entre 20 e 30 anos de idade e comumente segue um curso crônico, com a freqüência e a gravidade dos episódios apresentando variação de intensidade ao longo do tempo. A freqüência dos episódios varia tanto para a pessoa quanto entre os indivíduos em geral. Os episódios habitualmente ocorrem em intervalos de dias ou semanas, mas podem ocorrer em noites consecutivas.

Padrão Familial
Os indivíduos com Transtorno de Terror Noturno freqüentemente relatam uma história familiar positiva de terror noturno ou sonambulismo. Alguns estudos indicam um aumento de dez vezes na prevalência do transtorno entre os parentes biológicos em primeiro grau. O modo exato de herança é desconhecido.

Diagnóstico Diferencial
Muitos indivíduos sofrem de episódios isolados de terror noturno em algum momento de suas vidas. A distinção entre episódios isolados de terror noturno e o Transtorno de Terror Noturno repousa na ocorrência repetida, na intensidade, sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo e potencial para danos a si mesmo ou a outras pessoas.

Contrastando com indivíduos com Transtorno de Terror Noturno, os indivíduos com Transtorno de Pesadelo tipicamente despertam fácil e completamente, relatam vívidos sonhos tipo estórias acompanhando os episódios, e tendem a ter episódios mais tarde, no decorrer da noite.

O grau de excitação autonômica e de atividade motora não é tão grande quanto no Transtorno de Terror Noturno, e a recordação são mais completos. O terror noturno geralmente ocorre durante o sono de ondas lentas, ao passo que os pesadelos ocorrem durante o sono REM.

Os pais de crianças com Transtorno de Terror Noturno podem interpretar erroneamente os relatos de medo e de imagens fragmentadas como pesadelos.

O Transtorno de Sonambulismo pode ser difícil de diferenciar dos casos de Transtorno de Terror Noturno que envolvem uma atividade motora proeminente. Na verdade, os dois transtornos freqüentemente ocorrem juntos, e a história familiar em geral envolve ambos.

O caso prototípico de Transtorno de Terror Noturno envolve um predomínio de excitação autonômica e medo, com um grau menor de atividade motora abrupta e desorganizada. Os casos prototípicos de Transtorno de Sonambulismo envolvem pouca excitação autonômica ou medo e um grau maior de atividade motora organizada.

As Parassonias Sem Outra Especificação incluem diversas apresentações que podem assemelhar-se ao Transtorno de Terror Noturno. O exemplo mais comum é o "transtorno de comportamento durante o sono REM", que também produz medo subjetivo, atividade motora violenta e potencial para ferimentos. Como ocorre durante o sono REM, ele envolve sonhos vívidos tipo estórias, despertar mais imediato e completo e uma atividade motora que acompanha claramente o conteúdo do sono.

Critérios Diagnósticos Transtorno de Terror Noturno
A. Episódios recorrentes de despertar abrupto, geralmente ocorrendo durante a primeira terça parte do episódio principal de sono e iniciando com um grito de pânico.
B. Medo intenso e sinais de excitação autonômica, tais como taquicardia, taquipnéia e sudorese durante cada episódio.
C. Relativa ausência de resposta a esforços de outros para confortar o indivíduo durante o episódio.
D. Não há recordação detalhada de algum sonho e existe amnésia para o episódio.
E. Os episódios causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
F. O distúrbio não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral.



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