Segundo Maslow a pirâmide sugere que todo ser humano possui
necessidade internas a serem atendidas, de um nível mais simples até um
mais complexo. As necessidades fisiológicas dizem respeito a questões
como alimentação, moradia, vestuário, dentro outras. Quando as
necessidades fisiológicas estão razoavelmente satisfeitas, aparece uma
nova categoria: necessidades de segurança. Como exemplo desse tipo de
necessidades, encontramos proteção, preferência por um trabalho
estável, reservas financeiras para o futuro, algum tipo de religião ou
filosofia que fortaleçam a fé e a crença.
Quando os dois primeiros tipos de necessidades estão satisfeitos,
aparecem as de amor e afeto. A pessoa sentirá necessidade de amigos,
relacionamentos afetivos, parentes e integração nos grupos a que
pertence.
Satisfeitas pelo menos parcialmente as necessidades de amor, a pessoa
sente também a necessidade de fortalecer a sua auto-estima e de
receber a estima dos outros. Essas necessidades têm os seguintes
significados:
- Auto-Estima: desejo de força, realização, suficiência, domínio, competência, confiança, independência e liberdade.
- Estima dos outros: desejo de reputação e prestígio, dominação,
reconhecimento, atenção, importância ou apreço dos demais. A
satisfação das necessidades de estima leva ao desenvolvimento de
sentimento de autoconfiança, capacidade de ser útil e ser necessário
para os outros.
Por outro lado, sua frustração produzirá sentimentos de impotência e
inferioridade podendo levar a pessoa a apresentar, inclusive,
manifestações neuróticas.
Por fim, quando todas as demais necessidades estão satisfeitas, surge
uma mais elevada, a de auto-realização. Isso implica querer realizar
suas potencialidades, com um sentido de plenitude do ser, com desejos
de autodesenvolvimento e autoconhecimento.
Ainda de acordo com o autor citado, acreditava que as pessoas só
passavam de um degrau ao outro na escala de necessidade se o anterior
estivesse satisfeito. No entanto, estudos mais modernos mostram que
isso não é rígido assim, podendo variar de pessoa para pessoa.
Herzbeg avançou nos estudos de Maslow e se voltou aos aspectos mais
ligados ao trabalho. Este autor considera as necessidades fisiológicas e
de segurança como fatores higiênicos (se não satisfeitos, geram
insatisfação, ao passo que, se satisfeitos, não geram satisfação).
Nesse sentido, salários, benefícios e condições físicas de trabalho
inadequado podem causar insatisfação e, se adequados, podem não motivar
as pessoas.
Várias situações podem exemplificar o que foi dito, pois quando
observamos o nosso Congresso Nacional, fica claro que, se salário fosse
fator motivacional, teríamos sempre a casa lotada em todas as
plenárias. E como explicar o envolvimento de pessoas que, sem receber
salário algum, se comprometem de corpo e alma com causas sociais,
instituições filantrópicas e outros movimentos?
Ainda segundo Herzberg, as necessidades afetivo-sociais, de estima e
de auto-realização compõem o que ele chamou de fatores motivacionais.
São estes que produzem efeitos duradouros nas pessoas, e englobam
sentimentos profundos de satisfação, realização, crescimento e
reconhecimento. É na atender essas necessidades que observamos surgir o
fenômeno da motivação como uma força interna, uma energia interior
própria e exclusiva do ser humano.
Podemos dizer que a motivação existe em função do nosso desejo
interno de objetivos do mundo exterior. Desejando o conforto ou o
prazer que um bem nos proporciona (por exemplo, carro novo, uma roupa
nova etc), desejamos a estima e a aceitação das pessoas, desejamos nos
desenvolver, e os nossos desejos são infindáveis. Isso nos coloca numa
busca constante: a satisfação de uma necessidade não nos paralisa, ao
contrário, desencadeia dentro de nós outra necessidade a ser suprida, e
lá vamos nós atrás dela.
O estado de carência ou o desejo provoca em nós uma conduta de buscar
sua satisfação. Ao se dar o encontro da necessidade com o seu
correspondente fator motivacional, Herzberg considera que tenha
ocorrido o “ato motivacional” rumo a um objetivo e, por conseguinte, a
satisfação obtida pela saciação da necessidade.
A motivação é uma força interior (energia) que nos move a uma ação
(motivos para ação), com a finalidade de alcançar um objetivo e
realizar nossos desejos internos; é um conjunto de MOTIVOS que leva um
ser humano a empreender uma determinada AÇÃO. MOTIVAÇÃO = MOTIVO à
AÇÃO.
Segundo Good e Mcdowell, a motivação é uma força que se encontra no
interior de cada pessoa, e que pode estar ligada a um desejo. Uma
pessoa não consegue jamais motivar alguém; o que ela pode fazer é
estimulara outra pessoa.
E os autores finalizam dizendo que, a ação de uma pessoa está
diretamente ligada à força de um desejo, isto propõe que as pessoas
façam as coisas como e quando querem, e que a motivação possui uma
liberdade e autonomia. Entende-se assim que a motivação seja um impulso
que venha de dentro, e que tem, portanto suas fontes de energia no
interior de cada pessoa.
Alderfer propõe uma hierarquia modificada de necessidades que
apresenta somente três níveis. Inicialmente as pessoas têm interesse de
satisfazer suas necessidades de existência, como fisiológicos e de
segurança, tais como salário, condições físicas no ambiente de
trabalho, segurança no cargo e plano de benefícios. Vindo a seguir a
necessidade de relacionamento, isto é, envolver-se compreendido e
aceito por pessoas no trabalho, e fora dele.
Por último aparece a necessidade de crescimento, envolvendo tanto de
desejo de auto-estima como de auto-realização. O autor aceita a
possibilidade de que os três níveis estejam ativos a todo o momento, e o
seu modelo (E-R-G) não assume com rigor no progresso de nível para
nível, e quando ocorre insatisfação do nível acima, pode retornar a
concentrar no nível mais baixo.
A auto-motivação é conseqüente de um processo de auto-conhecimento,
onde aumentamos a percepção do mundo exterior, estabelecendo metas e
objetivos de nossa vida. O nível de motivação será sentido pelos
nossos atos, nossas ações, que tocam o mais íntimo de nosso ser, que
recebemos dos estímulos externos, e que serão interpretadas por nossas
referências internalizadas.