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Campinas, São Paulo, Brazil
Psicólogo Clínico Junguiano com formação pela Unicamp, terapia corporal Reichiana, Hipnoterapeuta com formação em Hipnose Ericksoniana com Stephen Gilligan.E outras formações com Ericksonianos: Ernest Rossi, Teresa Robles, Betty Alice Erickson. Formação em Constelação Familiar Sistémica pelo Instituto de Filosofia Prática da Alemanha. Uma rica e inovadora terapia divulgada em toda Europa. Professor de Hipnoterapia, além de ministrar cursos de Auto-conhecimento como Eneagrama da Personalidade e Workshop de Constelação Familiar Sistémica em todo o Brasil. Clínica em Campinas-SP. Rua Pilar do Sul, 173 Chácara da Barra. Campinas-SP F.(19) 997153536

Uma relação de ajuda

Como é bela, intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
A psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Bem no cerne de toda psicoterapia permanece esse tipo de relacionamento em que alguém pode falar tudo a seu próprio respeito, como uma criança fala tudo "a sua mãe.
Ninguém pode se desenvolver livremente nesse mundo, sem encontrar uma vida plena, pelo menos...
Aquele que se quiser perceber com clareza deve se abrir a um confidente, escolhido livremente e merecedor de tal confiança.
Ouça todas a conversas desse mundo, tanto entre nações quanto entre casais. São, na maior parte, diálogos entre surdos.
Paul Tournier.

domingo, 2 de maio de 2010

Autoconhecimento, terapia, psicoterapia. Campinas


A capacidade de agir como adultos maduros e integrados é em grande parte, determinada pelo modo como nossas necessidades especificas de desenvolvimento foram satisfeitas na primeira infância. As necessidades de afeto e proteção que não tiveram sido adequadamente atendidas podem ser vistas como lacunas que interferem em nossa capacidade de vivenciar a vida em sua plenitude.

Em virtude de receber um amor condicional, a criança aprende desde cedo, que não é amada e aceita quando expressa sua naturalidade. Ela precisa reprimir seus sentimentos verdadeiros e com isso perde sua espontaneidade. Esses sentimentos ficam reprimidos em seu inconsciente. Ela não pode se rebelar, porque corre o risco de perder o que mais precisa o amor e a proteção dos pais.

Ela precisa, portanto, moldar-se usando máscaras e representar papéis sociais para agradar aos pais e aos outros, e é ai, então, que ela se perde de si mesma, não vivendo sua verdadeira vida. Dessa forma ela fica alienada de uma parte de si mesma, vivendo uma vida falsa, criando um “falso self”, uma personalidade moldada sempre em busca de amor e aprovação do mundo externo. Esses sentimentos e desejos reprimidos principalmente a raiva saem da consciência e se esconde em um lugar sombrio inconsciente cujo nome Jung chama de sombra.

Essa pessoa vive alienada de uma parte sua, sufocando sentimentos e desejos não aceitos principalmente pelos pais, religião e sociedade. É como que ela vivesse somente uma parte de si mesmo, como a metade de uma laranja. E como nossa psique “self” que regula nossa personalidade sempre busca nosso crescimento procurando completar essa laranja cindida.

Ela procura ser aceita e respeitada pelas pessoas, demonstrando somente os sentimentos aceitáveis e aprovados. E com isso, ela cresce com um grande vazio interior, uma carência afetiva e uma falta de amor próprio que está sempre tentando preencher. Possui um profundo sentimento de ansiedade, medo e angustia com dificuldade de se impor diante da vida ou quando tem que lidar com situações de tensão emocional.

Como ela reprime os sentimentos indesejáveis e a não aceitos, como por exemplo, a raiva. A raiva geralmente é vista pelas pessoas como um sentimento feio, que não deve ser exposto e vivenciado, porque muitas vezes em nossa infância sofremos violência física, vimos nossos pais brigarem e se agredirem. E ficamos assustados e temerosos com tal violência. E por fim acreditamos que o sentimento de raiva é isso.

Na verdade a demonstração daquela raiva que era errada e imatura. Sempre que reprimimos um sentimento jogando para nossa sombra inconsciente, não dando vazão como o fluxo de um rio, ela se torna muito perigosa e violenta. Como a repressão das águas de um rio que transbordam quando ficam muito cheias, como um tissuname suas águas (sentimentos raiva reprimidos) saem sem controle avançando e destruindo sobre tudo a sua frente.

E como ela vivencia conscientemente somente uma parte de si mesma, a outra fica no mundo sombrio inconsciente, ela cria uma ilusão, acreditando que essa é sua verdadeira personalidade, vive um falso self, uma personalidade “neurótica” então precisa representar vários papeis para ser aceita socialmente como de boazinha, perfeita ou bem sucedida profissionalmente, buscando aplausos o tempo todo, respeito e admiração do mundo externo. .

A psicoterapia nos ajuda a perceber nossas defesas psíquicas, ilusões, máscaras e os papéis sociais usados que nos impedem de expressar nossa verdadeira essência.

Buscamos resgatar nossa essência, nossa verdadeira naturalidade encoberta por uma personalidade neurótica, que julgamos ser nossa verdadeira personalidade. Quanto mais tomamos consciência de quem somos realmente, expressando o nosso si mesmo, aceitando todos nossos sentimentos alienados, resgatamos nossa auto-estima e amor próprio. “Ame o próximo como a si mesmo”. Se eu não tiver um profundo respeito e amor por mim mesmo, eu só posso usar e manipular as outras pessoas.

Por isso, ao olhar para nos mesmos, para nossos sentimentos mais profundos, estamos sujeitos a descobrir verdades a nosso respeito de que jamais suspeitamos e a reviver antigas mágoas, medos e raivas. É por essa razão que é importante cultivar a compaixão em relação a nós mesmos: temos de amar-nos o bastante para saber que valemos o esforço de conhecer-nos como realmente somos. Quando queremos viver a verdade de quem fomos e quem somos agora e quando queremos curar-nos, nossa verdadeira natureza emerge, para isso só precisamos revelar-nos.

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