Psicoterapia como autoconhecimento em Campinas.
A
capacidade de agir como adultos maduros e integrados é em grande parte,
determinada pelo modo como nossas necessidades especificas de
desenvolvimento foram satisfeitas na primeira infância. As necessidades
de afeto e proteção que não tiveram sido adequadamente atendidas podem
ser vistas como lacunas que interferem em nossa capacidade de vivenciar a
vida em sua plenitude.
Em
virtude de receber um amor condicional, a criança aprende desde cedo,
que não é amada e aceita quando expressa sua naturalidade. Ela precisa
reprimir seus sentimentos verdadeiros e com isso perde sua
espontaneidade. Esses sentimentos ficam reprimidos em seu inconsciente.
Ela não pode se rebelar, porque corre o risco de perder o que mais
precisa o amor e a proteção dos pais.
Ela
precisa, portanto, moldar-se usando máscaras e representar papéis
sociais para agradar aos pais e aos outros, e é ai, então, que ela se
perde de si mesma, não vivendo sua verdadeira vida. Dessa forma ela fica
alienada de uma parte de si mesma, vivendo uma vida falsa, criando um
“falso self”, uma personalidade moldada sempre em busca de amor e
aprovação do mundo externo. Esses sentimentos e desejos reprimidos
principalmente a raiva saem da consciência e se esconde em um lugar
sombrio inconsciente cujo nome Jung chama de sombra.
Essa
pessoa vive alienada de uma parte sua, sufocando sentimentos e desejos
não aceitos principalmente pelos pais, religião e sociedade. É como que
ela vivesse somente uma parte de si mesmo, como a metade de uma laranja.
E como nossa psique “self” que regula nossa personalidade sempre busca
nosso crescimento procurando completar essa laranja cindida.
Ela
procura ser aceita e respeitada pelas pessoas, demonstrando somente os
sentimentos aceitáveis e aprovados. E com isso, ela cresce com um grande
vazio interior, uma carência afetiva e uma falta de amor próprio que
está sempre tentando preencher. Possui um profundo sentimento de
ansiedade, medo e angustia com dificuldade de se impor diante da vida ou
quando tem que lidar com situações de tensão emocional.
Como
ela reprime os sentimentos indesejáveis e a não aceitos, como por
exemplo, a raiva. A raiva geralmente é vista pelas pessoas como um
sentimento feio, que não deve ser exposto e vivenciado, porque muitas
vezes em nossa infância sofremos violência física, vimos nossos pais
brigarem e se agredirem. E ficamos assustados e temerosos com tal
violência. E por fim acreditamos que o sentimento de raiva é isso.
Na
verdade a demonstração daquela raiva que era errada e imatura. Sempre
que reprimimos um sentimento jogando para nossa sombra inconsciente, não
dando vazão como o fluxo de um rio, ela se torna muito perigosa e
violenta. Como a repressão das águas de um rio que transbordam quando
ficam muito cheias, como um tissuname suas águas (sentimentos raiva
reprimidos) saem sem controle avançando e destruindo sobre tudo a sua
frente.
E como ela vivencia conscientemente somente uma parte de si mesma, a outra fica no mundo sombrio inconsciente, ela cria uma ilusão,
acreditando que essa é sua verdadeira personalidade, vive um falso
self, uma personalidade “neurótica” então precisa representar vários
papeis para ser aceita socialmente como de boazinha, perfeita ou bem
sucedida profissionalmente, buscando aplausos o tempo todo, respeito e
admiração do mundo externo. .
A psicoterapia
nos ajuda a perceber nossas defesas psíquicas, ilusões, máscaras e os
papéis sociais usados que nos impedem de expressar nossa verdadeira
essência.
Buscamos
resgatar nossa essência, nossa verdadeira naturalidade encoberta por
uma personalidade neurótica, que julgamos ser nossa verdadeira
personalidade. Quanto mais tomamos consciência de quem somos realmente,
expressando o nosso si mesmo, aceitando todos nossos sentimentos
alienados, resgatamos nossa auto-estima e amor próprio. “Ame o próximo
como a si mesmo”. Se eu não tiver um profundo respeito e amor por mim
mesmo, eu só posso usar e manipular as outras pessoas.
Por
isso, ao olhar para nos mesmos, para nossos sentimentos mais profundos,
estamos sujeitos a descobrir verdades a nosso respeito de que jamais
suspeitamos e a reviver antigas mágoas, medos e raivas. É por essa razão
que é importante cultivar a compaixão em relação a nós mesmos: temos de
amar-nos o bastante para saber que valemos o esforço de conhecer-nos
como realmente somos. Quando queremos viver a verdade de quem fomos e
quem somos agora e quando queremos curar-nos, nossa verdadeira natureza
emerge, para isso só precisamos revelar-nos.
Autoconhecimento em Campinas.
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