Quem sou eu

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Campinas, São Paulo, Brazil
Psicólogo Clínico Junguiano com formação pela Unicamp, terapia corporal Reichiana, Hipnoterapeuta com formação em Hipnose Ericksoniana com Stephen Gilligan.E outras formações com Ericksonianos: Ernest Rossi, Teresa Robles, Betty Alice Erickson. Formação em Constelação Familiar Sistémica pelo Instituto de Filosofia Prática da Alemanha. Uma rica e inovadora terapia divulgada em toda Europa. Professor de Hipnoterapia, além de ministrar cursos de Auto-conhecimento como Eneagrama da Personalidade e Workshop de Constelação Familiar Sistémica em todo o Brasil. Clínica em Campinas-SP. Rua Pilar do Sul, 173 Chácara da Barra. Campinas-SP F.(19) 997153536

Uma relação de ajuda

Como é bela, intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
A psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Bem no cerne de toda psicoterapia permanece esse tipo de relacionamento em que alguém pode falar tudo a seu próprio respeito, como uma criança fala tudo "a sua mãe.
Ninguém pode se desenvolver livremente nesse mundo, sem encontrar uma vida plena, pelo menos...
Aquele que se quiser perceber com clareza deve se abrir a um confidente, escolhido livremente e merecedor de tal confiança.
Ouça todas a conversas desse mundo, tanto entre nações quanto entre casais. São, na maior parte, diálogos entre surdos.
Paul Tournier.

domingo, 22 de julho de 2012

O Pensamento do Introvertido. (Timidez)

Tratamento da Timidez em Campinas.
O pensamento introvertido se orienta, como dissemos, pelo fator subjetivo. Este pensamento se encontra representado por um sentimento subjetivo que, em última análise, é determinado pelo juízo crítico da pessoa. As coisas objetivas com que mantém contacto e as experiências concretas podem enriquecer seu conteúdo subjetivo, mas nem sempre favorecem a prática objetiva (pragmatismo). Nos introvertidos os eventos exteriores, ao contrário dos extrovertidos, não são a causa e o fim do pensamento, seu raciocínio começa e termina sempre no sujeito e não no objeto.
O pensamento introvertido também pode tratar das grandezas concretas ou abstratas, mas, nos momentos decisivos, orienta-se sempre pelo subjetivamente experimentado. O conhecimento novos fatos tem valor indireto para o introvertido. Esses fatos novos facilitam-lhe novos pontos de vista, e estes novos pontos de vista são mais importantes do que os fatos propriamente ditos. A pessoa introvertida costuma equacionar problemas e teorias, costuma fornecer visões e sugestões, mas conserva sempre uma atitude prudente e reservada ante os fatos novos. Aceita-os como ilustração e exemplo, mas não lhes concede preponderância sobre o subjetivamente conhecido.
Com esta maneira de pensar, os fatos objetivos e concretos são de importância secundária para o introvertido. Neles sempre predomina o valor da idéia subjetiva, da imagem simbólica, das entrelinhas e da visão íntima das coisas. Esse tipo de pensamento é capaz de produzir idéias bastante abstratas e que não residem exclusivamente nos fatos, são idéias que expressam sua abstração mais íntima. O experimentado pelo introvertido não é apenas objetivo e concreto, como tende a ser aos extrovertidos, mas também simbólico e subjetivo.
A diferença entre o pensamento introvertido e extrovertido seria o mesmo que existe entre o filósofo Kant e o biólogo Darwin. Um lidando com o subjetivo e outro investigando profundamente o objetivo. Como se vê, o mundo precisa dos dois tipos.
A despeito da plena capacidade de abstração dos introvertidos, muitas vezes seu pensamento pode revelar uma perigosa tendência para forçar os fatos a submeterem-se e se conformarem à imagem subjetivamente pré-formada, ou a ignorá-los para que possa expor a imagem subjetivamente criada em sua fantasia subjetiva.
A possibilidade de distanciar-se da realidade dos fatos é ameaçada nessas pessoas, tanto quanto é ameaçada, em sentido oposto, nos extrovertidos. Estes últimos são capazes de negar a essência dos fatos por insensibilidade ao além-objeto, à abstração irreal e existente. Assim sendo, do mesmo modo que o pensamento extrovertido nem sempre consegue obter um conceito reflexivo e eficaz da experiência, também o pensamento introvertido pode não conseguir aproximar-se da objetividade da realidade real.
As opiniões dos introvertidos tendem a ser mais contundentes que dos extrovertidos, uma vez que a força das convicções, por serem subjetivas, costuma ser tanto maior quanto menos estiver em contato direto com os fatos objetivos. Mas essas opiniões introvertidas podem perder-se com facilidade na imensidão das idéias e dos fatores subjetivos. O introvertido cria teorias pela simples vontade e afinidade de criar teorias, e aí surge uma acentuada tendência para saltar facilmente do ideal para o meramente imaginário.
Nesses extremos, o pensamento introvertido que se distancia dos objetos, pode se tornar tão estéril quanto o pensamento extrovertido, que não consegue ir além dos fatos objetivamente dados.

Um comentário:

  1. Texto muito interessante!
    O ideal seria um equilíbrio,
    mas a pergunta intrigante é:
    O que fazer com uma colher e um prato vazio se não há alimentos?

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